sábado, 31 de janeiro de 2009

INVERNO NA BÉLGICA - 9

Foto - G. J. - Leuven 2003

INVERNO NA BÉLGICA - 8


Foto - G. J. - Brugge 2003

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

INVERNO NA BÉLGICA - 7

Foto - G. J. - Brugge 2003

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

INVERNO NA BÉLGICA - 6



Foto - G. J. - Brugge 2003

INVERNO NA BÉLGICA - 5


Foto - G . J. - Bruxellas 2003

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

INVERNO NA BÉLGICA - 4

Foto - G. J. - Leuven 2003

INVERNO NA BÉLGICA - 3

Foto - G. J. - Leuven 2003

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

INVERNO NA BÉLGICA - 2


Foto - G. J. - Brugge 2003

INVERNO NA BÉLGICA - 1


Foto G. J. - Leuven 2003

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

LUZ DE INVERNO - 1O



Foto G.J. - Colhereiro

domingo, 25 de janeiro de 2009

LUZ DE INVERNO - 9



Foto G.J. - Anoitecer

sábado, 24 de janeiro de 2009

LUZ DE INVERNO - 8



Foto G.J. - Mar de Lavadores

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

LUZ DE INVERNO - 7


Photobucket
Foto G.J. - Nómada

LUZ DE INVERNO - 6


Photobucket
Foto G.J. - Caminhando à chuva

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

LUZ DE INVERNO - 5


Photobucket
Foto G.J. - Estuário do Douro



LUZ DE INVERNO - 4



Foto G.J. - Afurada
Este lindo selinho é uma gentil oferta da amiga Esther do Blog Esterança
Obrigado Esther, adorei o seu gesto.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

LUZ DE INVERNO - 3
*

G.J. - Praia do Areínho
LUZ DE INVERNO - 2
*

G. J. - Estuário do Douro

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

LUZ DE INVERNO - 1
*

Foto G.J. - Praia de Lavadores

domingo, 18 de janeiro de 2009

AVES 10
*
FAISÃO DOURADO
*
Nome Científico: Crysolophus pictus
*

Foto G.J.
*
Alimentação: Rebentos, bagas e sementes.
Habitat: Florestas em regiões montanhosas.
Distribuição Geográfica: Originários da China Central. Existem algumas populações estabelecidas noutros locais, nomeadamente, na Grã-Bretanha, que provêm de aves fugidas ao cativeiro.
Espécie polígama. O ninho é uma pequena depressão no solo. A postura é de 5-12 ovos normalmente nos meses de Abril-Maio. O período de incubação é de + - 22 dias e é feito apenas pela fêmea. As crias dão o seu primeiro voo com cerca de 12-14 dias.
Pode ser observado em grupos até 15 indivíduos a caminhar e a correr pela floresta, passando muito pouco do seu tempo a voar. O seu maior período de actividade é durante o dia.
É uma das espécies mais populares de faisões criadas em cativeiro. O faisão dourado pertence a um grupo de faisões que têm um género de uma capa de penas que habitualmente abrem, durante o cortejamento das fêmeas, envolvendo toda a cabeça e pescoço. O macho é muito colorido, de cor dourada e vermelha, enquanto a fêmea, como acontece na maioria dos faisões, é muito mais discreta com tonalidades de ferrugem e castanho-claro. Os machos apenas adquirem a bela plumagem aos 2 anos de idade embora possam ser férteis antes desse período.

sábado, 17 de janeiro de 2009

AVES - 9
*
MILHAFRE PRETO
*
Nome científico: Milvus Migrans
*

*
Vive em pastagens nas encostas das serras.
Alimenta-se de pequenos mamíferos,aves e carne morta.
Faz ninho com gravetos em árvores onde pôe 3 ovos entre Março e Maio.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

AVES - 8
*
CABEÇA DE GROU PEQUENO
*
Nome científico: Anthoropoidos virgo
*


*
Vive em campos, lagos e pântanos. faz ninho em forma de plataforma no meio da vegetação pantanosa, onde pôe 2 ovos entre Abril e Junho.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

PEDIDO DE AUXÍLIO
Português desaparecido em Berlim
*


*
Afonso é um português que desapareceu em Berlim no dia 10 de Janeiro. Recebi a notícia através de um amigo, não é ninguém que eu conheça, mas não custa nada passar a informação o mais possível.
http://www.interludioemflor.blogspot.com/
*
GENTILEZA
*
Da amiga FLOR do Blog INERLÚDIO, recebi este carinho em forma de "ELO".
Obrigado FLOR pelo simpático gesto.
*

*


AVES - 7
*
GALO PEDRÊS
*

G.J.
*
"Galo Pedrês não o mates nem o dês" provérbio popular que mostra a admiração do povo por esta raça de galo autocne.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

AVES - 6
*
GARNIZÉ HOLANDÊS DE POUPA
*
Nome cientifico: Dutch crested fowl
*

G.J.
*
Das mais populares raças de crista, com provável origem na Europa onde é conhecida como raça pura desde o século XXI. Actualmente existem mais de 20 variedades reconhecidas que diferem em cor e tamanho.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

AVES - 5
*
GRIFO
Nome cientifico: Gyps fulvus
*

G.J.
*
Vive em montanhas e escarpas. Necrófago, ou seja, alimenta-se da carne de animais mortos.
Faz ninho em forma de massa de gravetos em saliências ou fendas nas rochas, onde pôe 1 ovo entre Janeiro e Junho. Em Portugal nídifica especialmente na parte superior do Vale do Douro.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

MEMÓRIA - 3

Entrelinhas duma Memória

*
13 de Janeiro de 66. Descemos pela última vez a montanha de Nóqui (Morro de Santo Antão). Para trás ficava uma experiência que não desejava repetir, mas uma surpresa nos aguardava a essa hora, o sargento Gonçalves já voava à boleia numa avioneta que fora abastecer Nóqui de peixe fresco. Regressara assim directamente a Luanda, sem avisar, deixando-nos para trás. De novo a bordo da barcaça, que agora, a favor da corrente, demoraria apenas sete horas a chegar a Sazaire. Connosco viajavam dois soldados da antiaérea. Habitavam um buraco próximo do nosso e um deles trazia a "mascote do acampamento", o macaco Zacarias, animal muito estimado por todos nós. Perguntei-lhes se iam ao médico, responderam-me que iam passar um mês de férias em Luanda. Achei estranho. Como podiam dar-se a tal luxo? "Têm lá família?", perguntei. O que ouvi a seguir deixou-me sem palavras. "Vamos pela segunda vez para casa de uns tipos que conhecemos por correspondência. Ambos têm mulher e filhos, mas são dos que gostam de usar cuequinhas de senhora... Vamos viver à grande e quando voltarmos trazemos os bolsos cheios de dinheiro". A partir daí preferi a companhia do Zacarias. Faria e Minga também. O mundo daqueles dois não era o nosso. Acostámos em Santo António do Zaire a meio da tarde. O Zacarias estava comigo, mas, na azáfama do desembarque, larguei-o momentaneamente. Ao fundo da ponte que nos levaria a terra firme estavam duas senhoras e foram os seus gritos apavorados que despertaram a nossa atenção. Extremamente excitado, o Zacarias pulava e guinchava por entre as saias das assustadas mulheres, mostrando as suas intenções.
*



Em Santo António do Zaire
*
A unidade militar era a mesma que nos havia acolhido dois meses antes. Aí aguardaríamos até que algum navio de guerra da Marinha Portuguesa por lá aportasse. Nada tínhamos comido durante a viagem. Estavámos esfomeados, sem dinheiro. E assim permanecemos até à hora do jantar. Indicaram-nos a caserna e as camas. Eram de rede e nem sequer tinham colchão. Teríamos de continuar a dormir vestidos.Aproveitei para escrever alguns bate-estradas (aerogramas) para a mãe e namorada, enquanto o Faria e o Minga foram à Marinha saber quando teríamos barco. Acabada a escrita, saí da caserna para depositar os sobrescritos no receptáculo à porta da secretaria, ia com a camisa por fora das calças, em chinelos e de cabeça descoberta...Viram-me! Fui chamado à presença do primeiro da companhia, o mau atavio era por de mais evidente. Argumentei como pude, que estava só à espera de barco para Luanda, que tinha estado na fronteira, etc., etc., mas de nada valeu. Entretanto chegaram o Faria e o Minga, as notícias não eram boas: não havia barco com data prevista. Na certa teríamos de esperar de uma a duas semanas. Animou-nos o facto de ter chegado a hora do jantar e sentirmos o conforto de uma refeição quente.A noite chegou e com ela vieram os mosquitos que, em vagas maciças, não nos davam descanso. Fui até à cantina, lá distribuíam repelente em pomada para colocar na pele e pequenas bombas de insecticida que atirámos contra as paredes da caserna. Morreu a maioria dos insectos, mas os que resistiram chegaram e sobraram para nos infernizar o resto da noite. No dia a seguir lá estava o 1º cabo 178/63M na escala de serviço. Tinha sido "contemplado" com três reforços. Cumpri o primeiro castigo nessa noite à porta de armas, mas estava revoltado e decidido a fazer tudo para não cumprir os que faltavam. Na manhã do dia seguinte pedi aos meus dois companheiros que fossem à Marinha perguntar se, por acaso, não haveria um outro barco qualquer que fosse para Luanda nos dias mais próximos. Assim fizeram e a resposta foi animadora: "Disseram-nos que há um pequeno barco-frigorífico que parte hoje para Luanda, mas temos de lá voltar e falar com o comandante, é um tenente, para ver se o convencemos". Assim fizemos e o santo do homem concordou em nos levar assinando o termo de responsabilidade. Levantámos as guias de marcha, ninguém se opôs, e pelas duas horas da tarde embarcámos no mais pequeno barco da Marinha que já me foi dado ver. Soubemos que tinha vindo abastecer de carne os marinheiros aí estacionados e regressava agora de frigorifico vazio.A tripulação era comandada pelo simpático tenente - que à partida nos perguntou, meio a sério meio a brincar: "Vocês sabem nadar?"... - e composta ainda por outros dois marinheiros, mais um simpático negro, que me pareceu ser o responsável pelo porão. Ou seja, pelo frigorifico.Uma simples corda servia de amurada e transmitia uma forte sensação de insegurança, mas a tarde estava agradável, nada fazendo prever a forte tempestade que se abateu sobre nós durante a noite. As ondas eram enormes e varriam a embarcação de lés a lés. Não tínhamos onde nos abrigar. Na cabina apenas cabiam os três marinheiros. Foi-nos aconselhado que ocupássemos a ré e nos agarrássemos ao varão metálico que circundava a cabine. Assim fizemos e assim passámos aquela que considero ter sido a pior noite da minha vida. Encharcados até aos ossos, mantínhamos conversa constante uns com os outros, não fosse o sono vencer-nos e largarmos o ferro que nos prendia à vida. Com as ondas vinham também os peixes-voadores, caíam-nos aos pés, e iam sendo por nós devolvidos ao mar. Por mais de uma vez o tenente, visivelmente preocupado, porventura arrependido, saiu da cabina e veio até à ré verificar se estavámos todos. Sentíamo-nos doentes, o estômago protestava e os vómitos eram constantes. A certa altura o tenente deixou de aparecer. "Está doente!", disseram-nos os marinheiros, que, tal como nós, não paravam de vomitar. O Serafim Minga ainda conseguia gracejar, apelidando-nos de maricas, e tinha as suas razões, pois o estômago dele tinha-se aguentado heroicamente. Já a manhã raiava quando um dos marinheiros solicitou que o acompanhasse à cabina e me pediu que tomasse o leme. "É muito fácil", disse ele, ao ver a minha cara de espanto. Pensei que fosse brincadeira, mas, quando o olhei no rosto, pude imaginar o estado em que encontraria o seu estômago. Ainda incrédulo, regressei para junto dos meus companheiros. Soubemos mais tarde que tinha sido o simpático negro a conduzir-nos até Luanda.
*



Luanda
*
Felizmente a tempestade serenou e foi com mar chão que, pelas nove horas da manhã, chegámos à capital.Todos estávamos conscientes dos riscos que tínhamos corrido, mas tal não nos impediu de sorrir ao ver o Serafim Minga vomitar logo que pôs o pé em terra.





AVES - 4
*
Bulbul
Nome científico: pycnonotidae
*

G.J.
*
bulbul , bird, common name for members of the family Pycnonotidae, comprising 119 species of medium-sized, dull-colored passerine birds with short necks and wings, native to Africa and S Asia. Bulbuls are famed as songsters and are popular as cage birds in the Middle East; frequently mentioned in Persian poetry, the word bulbul is often mistranslated "nightingale." Bulbuls range in size from 6 in. (15 cm) to about 12 in. (30.5 cm). They inhabit grasslands and shrubby countrysides, from sea level to 10,000 ft (3,050 m) in the Himalayas.

domingo, 11 de janeiro de 2009

AVES - 3
*
ROUXINOL DO JAPÃO
Nome científico: Leiothrix lutea
*

G.J.
*
Ao contrário do que o nome indica, esta ave não é natural do Japão, mas da Ásia continental. Contudo, como o comércio europeu com os países asiáticos era feito principalmente com o Japão, e foi lá que os ocidentais primeiro viram esta espécie, ficou assim baptizada.

sábado, 10 de janeiro de 2009

AVES - 2
*
GUARDA-RIOS
Nome científico: Alcedo atthis
*

G.J.
*
Guarda-rios-comum, guarda-rios-europeu ou pica-peixe (Alcedo atthis) tem uma larga distribuição em toda a Ásia e África. Esta ave de cor azul brilhante vive principalmente ao longo de cursos de água.









sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

AVES - 1
*
Pato-mandarim
Nome Científico: Aix galericulata
*


G.J.
*
Ordem: ANSERIFORMES Família: Anatidae Distribuição e Habitat : Nidificam no Sudeste da Rússia, no Nordeste da China e no Norte do Japão (são residentes nas ilhas Centro e Sul do Japão). Invernam no Sudeste da China e na Coreia do Sul. Foram introduzidos no Sul de Inglaterra. Vivem em ambientes aquáticos de água doce (paúis, lagos, lagoas e rios de curso lento), nas proximidades de florestas temperadas de folha caduca.


Por gentileza da amiga SERENA do Blog SERENAFLOR recebi estes selinhos que me deixam muito orgulhoso


quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

CANTADORES DE JANEIRAS
*


6 Janeiro 2008 - G.J.
*
O cantar das Janeiras é uma tradição de peculiar importância ao nível da vivência e da expressão popular.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Sete Maravilhas da Natureza: Douro é única candidatura portuguesa que passou à fase 2

*

G.J.
*
Lisboa, 07 Jan (Lusa) - A Região Vinhateira do Douro passou à segunda fase da escolha das Novas Sete Maravilhas da Natureza, sendo a única candidatura portuguesa ao galardão, segundo um elemento da organização que propôs a candidatura.
A candidatura é uma das 261 que se mantêm na corrida, das 440 que foram votadas até hoje.
Portugal apresentou seis candidaturas: Arquipélago dos Açores, Berlengas e Ilhas Selvagens (na categoria de Ilhas), Parque Natural da Peneda Gerês (Parques e Reservas Naturais), Vale do Douro (Rios) e Ria de Aveiro (Paisagem Marítima).
SMM.
Lusa

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

QUE O SOL DESTA MANHÃ POSSA ILUMINAR A ALMA DOS HOMENS
*
O amigo Eduardo do Varal de Ideias comentava há dias atrás que a AFURADA é mágica, e ao olhar estas imagens não poderemos estar mais de acordo. O sol estava quase a pino e iluminava a imaculada roupa que pendurada nos varais tinha por fundo um fabuloso céu azul.
*

*
Imagens assim poderiam ser modelo do que se pretende para o ano que agora começou. Um mundo em que a relação entre os humanos possa ser limpa, transparente, lavada! Que a arrogância
, a inveja e o ódio, sejam para sempre banidos da face da terra.
*

*
Do amigo TOSSAN do Blog Klic Tossan obtive autorização para publicar este seu belissimo texto.

*
O ódio é desalmado é traumático, significa o princípio do fim. É a derradeira síndrome da terrível dor do desamor. Uma "pirofagia" crônica do ódio doentio, transmissor da paranóia na fase terminal do amor. É o início da histeria que oculta o ódio que na verdade não passa de uma cilada. Dói no peito tornando-se em agonia múltipla quando a metamorfose se consome, a alma padece deixando sequélas irreparáveis, tornando o ódio com consequências da moléstia. Embora, o amor e o ódio continuam nesta fusão: Fere, adoece, enlouquece e pode matar.
Tossan

*

*
Gostaríamos que a paz que se respirava nesta luminosa manhã fosse a imagem de marca de 2009.
*

*

*








segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

MEMÓRIA - 2
*
Entrelinhas duma Memória
*
O Unimog 4X4 subia com alguma dificuldade a íngreme picada que nos levava montanha acima. Íamos divertidos por via da ginástica que fazíamos para nos mantermos em cima da viatura, face aos constantes “pinotes” dados pelo todo o terreno, mas ao mesmo tempo intrigados. Sabíamos que haviam três pelotões dispersos pela montanha: Morteiros, Artilharia, e Antiaérea, mas não eram visíveis quaisquer instalações.
Desfizeram-se as dúvidas quando o Unimog parou no último monte: as instalações eram todas debaixo de terra! E a partir desse momento também nós iríamos vestir a pele de homens toupeira.
Fomos instalados num buraco que já fora cantina mas que agora funcionava como caserna.
Lá estavam as três camas de ferro com enxerga e almofada, mas roupa de cama não havia. Ainda estávamos a rir com a situação quando fomos abordados por um furriel e dois soldados que tinham subido porque tinha constado em baixo que um de nós era grande jogador de bola e precisavam de reforçar a equipa que disputava um campeonato entre companhias. Miraram, remiraram e escolheram-me a mim – deves ser tu, tens pinta de jogador! Escusado será dizer que a nossa boa disposição aumentou, pois nenhum de nós tinha o menor jeito para tal.
Por fim lá se foram embora desiludidos e desconfiados de que um de nós lhes havia escondido as suas reais capacidades futebolísticas.
Logo que o dia chegou ao fim apercebemo-nos de um “inimigo” de peso, as legiões de mosquitos que nos iriam transformar as noites em pesadelo.

*


*
Refeitório não tínhamos, banho também não, sanitário era no meio do capim mas tínhamos instruções rigorosas para que sempre que usássemos essas “instalações” mantivéssemos conversa constante com os sentinelas pois, por vezes, eles passavam pelas brasas e podiam muito bem confundir-nos com o inimigo…
Dado o facto de sermos Operadores de Informação das Transmissões o nosso posto de trabalho situava-se em baixo bem junto ao rio onde era impensável tomar banho, porque a água tinha um aspecto barrento mas também porque a sabíamos infestada de jacarés.
Valia-nos nesse aspecto a piscina que era o ex-líbris de Nóqui. Semi-abandonada, terá sido em tempos usada pelos habitantes dos dois lados da fronteira. Agora era de uso exclusivo dos militares portugueses e de um ou outro cidadão belga mais retardatário em abandonar Matádi e fugir às tropas de Mobutu.

*

*
Mas outra dificuldade chegou: o motor que permitia o abastecimento de água potável a Nóqui deixou de trabalhar, terá sido danificado pelos guerrilheiros que de longe a longe e durante a noite atravessavam a fronteira e vinham pernoitar com as famílias.
As peças necessárias para a sua reparação demoraram a chegar de Luanda e a falta de água veio piorar as já de si precárias condições de vida.
Como se tal não bastasse, o Quartel-general não procedeu à transferência dos nossos vencimentos para Nóqui e em breve nos vimos sem um tostão na algibeira.
A sopa que era a mais valia de uma alimentação já de si sofrível, passou a ser feita com água do rio Zaire e deixou de ser apetecível, mas era o único líquido que ingeríamos, pois não dispúnhamos de dinheiro para frequentar o bar. Passei então a saber o significado da palavra sede.

*


*
Foram muitas as noites em que tive grandes dificuldades em adormecer, até que um dia obtivemos do Alferes que comandava o acampamento permissão para que descêssemos os três a íngreme encosta até ao ribeiro que corria por entre a floresta.
Debaixo de um calor tórrido espingarda a tiracolo e cartucheiras à cintura iniciámos a descida.
Quando estávamos perto do fim deparamos com um pequeno grupo de soldados que regressava já de banho tomado. Perguntei-lhes: - ainda estamos longe? – Não, é já aí em baixo!
Corri o mais que pude, entrei na pequena floresta e quase juro que senti o “cheiro” a água fresca…
Mais alguns passos e… finalmente água.
Bebi sofregamente toda a água que o meu estômago aceitou, e no fim senti que alguma coisa não estava bem: - a água sabe a sabão! Comentei com o Faria e o Minga que acabavam de chegar. Porra, a água sabe a sabão! E ainda me recordo do ar de gozo do Serafim Minga quando me disse:
- Deve saber a sabão e a outras coisas. Ó pá, não viste os gajos a passar por nós? Então bebeste água com sabão, champô e na certa mijo também, pois quando se toma banho sempre se faz uma mijinha…! Temos de descobrir o sítio onde tomaram banho e subir, para bebermos água limpa.
Sentia-me muito mal com aquele gosto esquisito, e passei bastante tempo a fazer passar água limpa na boca e assim acalmar a papilas gustativas.

*


*
Foi já muito próximo do Natal que o motor voltou a funcionar e o problema da sede ficou resolvido.
Saímos de Nóqui a 13 de Janeiro de 1966, mas recordo-me bem de como foi diferente para pior o Natal de 65 assim como a entrada em 66. Nessa noite sentia-me muito abatido, e decidi deitar-me cedo mas quando a meia-noite chegou, o barulho no exterior do buraco era enorme, o pessoal estava bastante etilizado, tinham convidado o Faria e o Minga para participar na farra, e quando perceberam que eu estava deitado, tentaram (sem o conseguir) levar-me à força para o exterior. Nessa noite não estava para festas e tinha decidido assumir o papel de “homem toupeira”.

*
Dentro de dias o atribulado regresso a Luanda

domingo, 4 de janeiro de 2009

NUVENS NEGRAS TEIMAM EM PAIRAR SOBRE OS PORTUGUESES
Depois da dramática missiva que Cavaco Silva dirigiu aos portugueses no primeiro dia deste ano o tempo não tem estado para graças, mas este sábado deu uma trégua e o sol espreitou embora timidamente.
Fui dar o costumeiro passeio dos tesos
*

Uma estranha luz iluminava o Estuário do Douro e a sempre elegante Ponte da Arrábida
*

O negócio da castanhas vai mau, os portuenses passeiam de bolsos vazios
*

Um ou outro espera pacientemente que algum robalo se distraia
*

O mar anda de candeias ás avessas
*

Algumas gaivotas comem o que a maré lhes oferece
*
Outras são mais exigentes
*

Os mergulhões resolvem partir
*

Este jovem casal por certo que pensará fazer o mesmo
*

Mas eis que chega a noite e os seus insondáveis mistérios








5ª TERTÚLIA A 02 DE JULHO

5ª TERTÚLIA A 02 DE JULHO
COM A ARTE NO OLHAR