DESAPAREÇO, LOGO RESISTO.
"...A maioria governamental quer sobreviver à conta da amnésia coletiva. Enquanto o PS se atrapalha com Sócrates, enquanto tropeça em disputas presidenciais precoces, enquanto desacredita as contas do doutor Centeno e dos seus economistas, a coligação PAF sabe exatamente o que pedir aos portugueses: esqueçam que a gente existe.
Neste caso não podia estar mais de acordo com Sérgio Figueiredo. Pedro Passos Coelho desapareceu da cena política, parece “ morto “ à espera que ninguém se lembre dos últimos quatro anos de governação, com uma classe média dizimada pelos impostos, uma função pública altamente sacrificada, os pensionistas zangados com os cortes nas suas reformas e as largas dezenas de milhares de desempregados fruto da sua governação.
Pedro Passos Coelho arranjou desculpas para “ fugir “ a todos os debates, recusa entrevistas, as aparições em público são milimetricamente estudadas. O marketing está entregue a uma equipa de brasileiros liderada por André Gustavo, próximo de Marco António Costa e Luis Filipe Menezes, que também geriram no passado as campanhas vitoriosas de Lula da Silva e Dilma Rousseff no Brasil. Mas lamento sobretudo que a coligação PSD / CDS não tenha um projecto e um desígnio para o país, por isso, recusa-se a debater o futuro de Portugal com todas as outras forças políticas.
Por isso entendo e compreendo bem o Sérgio Figueiredo quando afirma triste país que vai reconduzir uma coligação governamental que nem precisa convencer – basta apenas sumir nas próximas semanas.
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