Sendo um barco de rio de montanha, o rabelo não tem quilha e é de fundo chato, com um comprimento entre os 19 e 23 metros. A sua construção, de tábuas sobrepostas, tábua trincada, é nórdica, em comparação com a do Mediterrâneo.
Com uma vela quadrada, o rabelo era manejado normalmente por seis ou sete homens. Quanto aos mastros, os primeiros só usavam um, enquanto que os segundos usavam também um mastro à proa. Para governo, utiliza um remo longo à popa – a espadela. Quando necessário, os barcos eram puxados a partir de caminhos de sirga por homens ou por juntas de bois.
Com a conclusão, em 1887, da linha de caminho-de-ferro do Douro e o desenvolvimento das comunicações rodoviárias durante o século XX, o tráfego fluvial assegurado pelos barcos rabelos entrou em declínio. Em 1961, no início do programa de aproveitamento hidroeléctrico do Douro nacional, apenas restavam seis barcos rabelos em actividade permanente.
Actualmente, com uma actividade diferente, os rabelos são utilizados na famosa regata do São João a quando das festas populares da cidade do Porto, passeios no rio Douro (alguns organizados pela empresa turística Douro Azul) e outras iniciativas para recordar os seus tempos de glória.
Os barcos rabelos podem ainda hoje ser encontrados no Porto. Contudo são hoje, ao contrário de outros tempos, usados para o transporte de turistas com carácter lúdico e recreativo, sendo muito usados para atravessar o rio desde o Porto até Vila Nova de Gaia, local onde os turistas podem visitar algumas caves de vinho do Porto.
5 comentários:
Grande foto ! Mais um magnifico momento
Muito obrigada pela explicação.
Que foto más buena,
Saludos.
Gostei muito da composição, mas essencialmente mais do efeito escurecido do filtro, que saturou mais as cores!
Abraço
Gostei de conhecer a história do barco rabelo. Acho muito importante preservá-los, abs.
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