MEMÓRIA - 4 (1)
O calendário marcava 30 de Janeiro de 1965. Tinham passado 163 dias desde a minha chegada a Luanda quando, pela primeira vez, fui enviado para o Norte de Angola. Da chefia militar nada recebi para enfrentar a dura viagem que tinha pela frente. Entregaram-me apenas a guia de marcha!
Destino: Batalhão de Caçadores 670, estacionado em Cuimba, no sopé da Serra da Canda, lá na linha de fronteira com o ex-Congo Francês ( Kinshasa ). Para além dos sargentos Matos e Ramos, comigo iam os companheiros Faria, Minga, Cadaval e João.
A coluna, composta por várias dezenas de viaturas civis e militares, esperava-nos às portas da cidade pelas seis horas da manhã. Atrasar-se-ia no entanto por culpa minha, pois só à chegada me apercebi de que havia deixado esquecida na parada do Quartel-General a arma que me tinha sido confiada na véspera… Louca correria de retorno ao Q-G e um grande raspanete do oficial de dia. “Que merda de militar és tu, que vais para a guerra sem arma?”...
Continua
6 comentários:
Eis aqui mais uma parte da história, obrigado por boas e sadias informações. Abraço
Esquecer a arma ? Maçarico !!! rsss
Uma mauser ? Claro 1965 !
Interessante essa história.Ir para guerra sem arma??/ Vou aguardar a continuação! um abraço,chica
O símbolo da Páscoa é a pomba voando livre com o vento em suas asas ...
Desejo que também seus sonhos voem livres e que a vida se renove sempre, e que cada amanhecer seja a esperança de um dia melhor que o anterior.
Feliz Páscoa!
Abraços
Angel
Olá Gaspar!
Passei para desejar uma boa páscoa para toda a família!
(Desta vez a arma não ficou esquecida... aqui está ela no fim do post) ;)
Abraço
Caro amigo. Passei para lhe desejar uma excelente Páscoa, mas acabei por dar uma vista de olhos pelos textos, fazem-me lembrar algo, umas coisas que gosto de recordar e outras que prefiro tentar esquecer. Tudo de bom.
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