terça-feira, 30 de maio de 2023

 GUERRA COLONIAL

( a juventude perdida )

Avisados na véspera (sempre faziam isto) pegamos nas trouxas e, a bordo de uma Barcaça rumamos a Cabinda. Este tipo de embarcação da Marinha de Guerra foi muito usado na Segunda Guerra Mundial (Desembarque na Normandia por exemplo) transportava de tudo; viaturas, material de guerra, bens alimentares e militares. Comigo ia como sempre o António Faria, companheiro e amigo que, a partir de França, me vai avivando a memória sempre que de tal necessito. Saímos de Luanda no dia 23 de Fevereiro pelas 11 horas e chegamos a Cabinda às 16 horas do dia seguinte: 29 horas de viagem. Se a noite foi difícil de suportar, muito pior foi o dia. O calor era sufocante e, para acalmar a sede tivemos de "recorrer" a algumas das grades de cerveja em cima da quais ia-mos sentados. A cerveja estava a ferver mas, à falta de melhor... O Batalhão que nos acolheu em Cabinda não dispunha de camas para nós, tivemos de dormir no chão e ao relento. Mais uma vez.


 


 

 

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